domingo, 22 de março de 2009

Caro Papa Bento XVI,

Em Portugal, aqui há algum tempo atrás, dois distintos representantes da igreja católica nacional, à vez, vieram dar fundamento à minha teoria conspirativa de que esta religião se encontra a cumprir uma estratégia de marketing de terrorismo ideológico.

O primeiro tema por um desses representantes: os prováveis sarilhos provenientes dos casamentos celebrados entre mulheres católicas e homens muçulmanos.

Sobre este assunto relembro, a quem gosta tanto de estabelecer prioridades, que o maior sarilho para as mulheres católicas portuguesas é casarem com homens que são fervorosos adeptos do consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Ao assumirem este compromisso, as mulheres católicas estão a expor-se a um monte de sarilhos que nós, assim como o cardeal, sabemos muito bem onde acaba. Pelos vistos, não obstante a estatística, não há é interesse por parte do cardeal para este tema. Estou convencido que mulheres espancadas pelos maridos bêbedos são uma excelente clientela da igreja.

O segundo tema: o casamento entre homossexuais. A igreja católica, como instituição experiente que é, vem meter a sua colherada também neste assunto. De qualquer forma, e posto o que já disse noutras mensagens anteriores, gostaria só de contar uma “anedota” que ouvi no programa de rádio “Janela Aberta” do RCP. Creio que na terça-feira, 17 de Março, esse programa convidou um representante da igreja para abordar a questão do celibato. O convidado explicou – para quem teve a sorte de ouvir – que ser celibatário não é uma questão de “aguentar ou não aguentar”, porque, explicou ele, nessa ordem de ideias, também ele não percebia como é que “um homem aguenta a mesma mulher durante 20 anos”… Ao silêncio que se seguiu – eu não ouvi a locutora a engolir em seco, mas tenho a certeza que o fez – o convidado percebendo o alcance da “pérola”, tentou remediar com uma ideia simétrica para as mulheres, mas já era demais.

Esta “anedota” fala por si só quanto à habilidade da igreja em discutir assuntos relacionados com qualquer tipo de casamento.

Finalmente, mas não por fim, o senhor Papa (com maiúscula para diferenciar de “o senhor come”) foi a África avisar sobre os perigos do preservativo no combate à Sida. Para as grandes personalidades, reservam-se os assuntos mas fracturantes.

Eu acho que a igreja tem toda a legitimidade para fazer este marketing de terrorismo ideológico. Afinal, é uma instituição que se sente a afundar a grande velocidade. Mas eu, para essas causas, não dou.

Atentamente,

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