segunda-feira, 30 de março de 2009

Caro João César das Neves,

Faça um esforço e pense também um pouco. O assunto é: hipocrisia. Lanço umas perguntas: Já olhou à sua volta? Reconhece que o mundo, e as pessoas com ele, estão em mudança? Acha que a igreja deve adaptar-se a este novo mundo, já que está voltada para as pessoas e não contra elas? Se as pessoas mudam, sugiro eu, a igreja deve mudar.

Agora, que já percebemos que as pessoas precisam de se deslocar de carro e que em auto-estrada se pode andar a 120kms/h, o melhor é usar cinto de segurança. Espero que tenha compreendido, caso contrário, posso tentar fazer um desenho.

Sem mais assunto,

sexta-feira, 27 de março de 2009

Cara Maria José Nogueira Pinto,

Acho extraordinário da minha parte conseguir saber r i g o r o s a m e n t e aquilo que vai escrever nos seus artigos só de ler os cabeçalhos. É um exercício assustador. Mal bato os olhos nos títulos das suas crónicas e, num relance, vendo a dimensão do corpo de texto, calculo exactamente qual a abordagem que vai fazer ao assunto. Posteriormente leio os seus artigos e confirmo que está tudo escrito como previ.

Repito, é a s s u s t a d o r !

E para si, não é?...

Grato pela atenção,

domingo, 22 de março de 2009

Caro Papa Bento XVI,

Em Portugal, aqui há algum tempo atrás, dois distintos representantes da igreja católica nacional, à vez, vieram dar fundamento à minha teoria conspirativa de que esta religião se encontra a cumprir uma estratégia de marketing de terrorismo ideológico.

O primeiro tema por um desses representantes: os prováveis sarilhos provenientes dos casamentos celebrados entre mulheres católicas e homens muçulmanos.

Sobre este assunto relembro, a quem gosta tanto de estabelecer prioridades, que o maior sarilho para as mulheres católicas portuguesas é casarem com homens que são fervorosos adeptos do consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Ao assumirem este compromisso, as mulheres católicas estão a expor-se a um monte de sarilhos que nós, assim como o cardeal, sabemos muito bem onde acaba. Pelos vistos, não obstante a estatística, não há é interesse por parte do cardeal para este tema. Estou convencido que mulheres espancadas pelos maridos bêbedos são uma excelente clientela da igreja.

O segundo tema: o casamento entre homossexuais. A igreja católica, como instituição experiente que é, vem meter a sua colherada também neste assunto. De qualquer forma, e posto o que já disse noutras mensagens anteriores, gostaria só de contar uma “anedota” que ouvi no programa de rádio “Janela Aberta” do RCP. Creio que na terça-feira, 17 de Março, esse programa convidou um representante da igreja para abordar a questão do celibato. O convidado explicou – para quem teve a sorte de ouvir – que ser celibatário não é uma questão de “aguentar ou não aguentar”, porque, explicou ele, nessa ordem de ideias, também ele não percebia como é que “um homem aguenta a mesma mulher durante 20 anos”… Ao silêncio que se seguiu – eu não ouvi a locutora a engolir em seco, mas tenho a certeza que o fez – o convidado percebendo o alcance da “pérola”, tentou remediar com uma ideia simétrica para as mulheres, mas já era demais.

Esta “anedota” fala por si só quanto à habilidade da igreja em discutir assuntos relacionados com qualquer tipo de casamento.

Finalmente, mas não por fim, o senhor Papa (com maiúscula para diferenciar de “o senhor come”) foi a África avisar sobre os perigos do preservativo no combate à Sida. Para as grandes personalidades, reservam-se os assuntos mas fracturantes.

Eu acho que a igreja tem toda a legitimidade para fazer este marketing de terrorismo ideológico. Afinal, é uma instituição que se sente a afundar a grande velocidade. Mas eu, para essas causas, não dou.

Atentamente,

sábado, 14 de março de 2009

Cara Manuela Ferreira Leite,

Por favor, queira fazer jus à classificação de político honesto que, direita e esquerda, não obstante acharem-na competente ou incompetente, lhe atribuem. Faça jus a essa classificação admitindo a importância que a dupla Durão Barroso e Santana Lopes tiveram, para além dos factores internacionais, na actual situação que vivemos. E, nessa linha, faça um "mea culpa" relativamente à nomeação de Santana Lopes como candidato do PSD à Câmara de Lisboa.

Agradeço-lhe ainda que aconselhe um seu amigo próximo a desenvencilhar-se de um conselheiro duvidoso. (Bela aliteração!)

Por último, se me permite, descole-se da União das Famílias Portuguesas que, pelos vistos, estão preocupados com questões "não prioritárias". E se as Famílias Portuguesas têm questões prementes! Como a violência doméstica, da qual só conhecemos a ponta do iceberg. E outras disfuncionalidades que diariamente lemos nos jornais, essas sim, verdadeiros flagelos socias. (Rima e é verdade.)

A União das Famílias Portuguesas que se preocupe com assuntos profundos, em vez de se preocupar com "assuntos demasiado profundos".

Atentamente,